Livro
Autor: Marco Lucchesi
GÊNERO: poesia | FORMATO: 14X21 | ANO: 2022 | PÁGINAS: 72 | Pólen soft 80
SINOPSE: Ut pictura poesis... a poesia é como uma pintura, dizia Horácio em sua Arte Poética, como que prognosticando um infindável universo sensorial, em que ver e ouvir (mas também apreciar com todos os outros sentidos humanos) passou a fazer parte da expressão literária. Não é diferente com a poesia de Marco Lucchesi, que o leitor poderá apreciar nesse seu precioso Maví: todos os sentidos são demandados na dinâmica da fruição estética, e o resultado é o inesperado encontro com o Sublime. Por certo, é uma poesia pessoal, poesia do chamamento (“Marco, Marco...”) e também de buscas e encontros (“Não deixo de buscar o corpo que encontrei”). Mas não seria da própria natureza da poesia afirmar-se como uma realização sublime do eu? É isso que Lucchesi alcança fazer em seus poemas, peças líricas universais, em diálogo com o mais-além, seja o Oriente, seja a posteridade. Curioso o fato de o vocábulo noite ser um dos mais assíduos, presente em quase todos os poemas – indício de uma dialética cerrada, em que se supõe não haver noite sem dia, nem escuridão sem azul: “eu me consagro aos rituais do azul”, afirma Lucchesi. Consciência de artista? Sensibilidade de poeta? O poeta paulista Martins Fontes dizia que “a Arte é o Azul”... Pode-se ter essa certeza ao ler os poemas de Marco Lucchesi. [Maurício Silva]