GÊNERO: Poesias (Selo Candeeiro)
ISBN: 978-85-68171-19-6  | ANO: 2015
FORMATO: 14X21
PÁGINAS:  140 | Pólen Bold 90gr

Sinopse: O pessimismo pode ser trabalhado pelas palavras, ornamentados por imagens, a fim de que assim, o poeta consiga um novo significado para as emoções negativas, como alguém que busca olhar para as situações, com a calma de um observador, capaz de apreciar o movimento do universo, sem julgá-lo ou rotulá-lo. Neste sentido a poesia de “Neurivan Souza” é impactante, dolorida, mas o seu lirismo, faz-se ponto de refúgio para a morte, para o desamor. Na abertura da obra, “Insurgente” aparece como um poema forte, no qual as imagens e palavras empregadas pelo escritor intensificam as emoções do autor relatando sobre a dilacerante dor sentida “bebi o sangue das horas / na demora dos sonhos / cuspi na cara do tempo / o destempero das sobras “. Em poesias como “O recado”, Neurivan traz o tema da morte, porém a trabalha sarcasticamente, “estou farta por esses dias, / e sorte tua eu enjoar / durante a gestação / carne de gente velha. / Então vai, aproveitas”. Nesta poesia, o autor coloca-se no lugar da morte a qual desdenha das apreensões humanas, demonstrando que o temor de sua vinda - sempre vivo para os mortais - é digno de ironias, pois para esta ceifadora, sua atividade de retirar vida é somente banalidade. O poeta utiliza os recursos da imagem como em “O tempo corre / como água / de um rio/ extenso e raso”, ou em “à luz do dia / minha cidade / é uma bela jovem / vendendo jornais / e livros no stop / do semáforo”. A poesia de “Lume” é rica nestas imagens, as quais trabalham temas densos, como tristeza, e morte, porém, criativamente associam-se à poética, a fim de trazerem reflexões ao leitor, de maneira sutil, permitindo até mesmo encontrar graça nas turbulências da vida.

Título esgotado. Aguarda reimpressão. 

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