GÊNERO: Poesia (Selo Editora)
ISBN:  978-85-5833-405-1 | ANO: 2018
FORMATO: 14X21 
PÁGINAS:  164 | Pólen Bold 90gr

SINOPSE:  A poeta que quer ser gentil, amena, a fim de não assustar, de não direcionar as pessoas já tristes e cansadas, ainda mais na direção do pessimismo, no entanto, a poesia é como o amor, como coração que dispara, alertando dos perigos, contradizendo o cérebro, afirmando que “é ela quem manda”. Como a poesia manda e bate feito um coração acelerado, não é possível ceder a utopias, a poesia “se joga das escadas” empurrada pela observação de coisas que gritam e pulsam necessitadas. A autora, não consegue preservar a racionalidade do seu cérebro, pois em todo lugar há sofrimento, uma miséria que se faz presente até mesmo em animais, “vê passarinhos que só cantam aos sábados”, “eles estão duros e pisoteados no chão”.A vida é um “susto constante”, e por isto a autora não consegue se calar, a palavra que se “mal-usadas produzem corte”, serve à crítica que relata a correria do mundo moderno, um planeta feito campo de concentração, que “enlata sereias” e esmaga seres humanos. Enfrentando a lucidez de “compreender o benefício das sombras”, a autora blasfema todos os dias contra o amor, não porque seja cruel, mas porque viver com a poesia é difícil, sofrido e abrir-se para um poeta é correr os riscos de não aguentar tamanho sobriedade, o “poeta musgo” molha o tapete dos olhos com lágrimas despertas pelas palavras.