Livro
Autor: Cláudio Parreira
GÊNERO: Romance (Selo Castiçal)
ISBN: 978-85-5833-297-2 | ANO: 2018
FORMATO: 14X21
PÁGINAS: 162 | Pólen Bold 90gr
Sinopse: Existem, em “A Lua É Um Grande Queijo Suspenso No Céu’, duas estratégias, desenvolvidas nitidamente na literatura de Parreira: de um lado, a narrativa da história do protagonista Pafúncio, do outro, sua escrita, que vem afiada desafiando padrões e convenções. A narrativa começa já fugindo de temáticas e lugares comuns, no “Prólogo”, um acidente, para em seguida, o protagonista se levantar em meio aos mortos, num cemitério lúgubre num dia de chuva e tempestade – cenário propositalmente escolhido pelo autor, conforme dito em seus desabafos, por razões estéticas – Pafúncio conhece Bernabé, homem morto de aparência deplorável, no entanto, mais chocante que seu semblante é a história que será contata por tal personagem. Quando em vida, Bernabé sofreu as mazelas da miséria, percebendo em sua andança pelo mundo, que tal sina, era compartilhada por cada ser vivo sobre a Terra. No entanto, em um momento difícil de sua vida, Bernabé descobre a Panaceia, a cura de todos os males humanos. A receita de tal remédio é perdida, e com isto, novamente a miséria ressurge. Com a esperança de novamente ter em mãos a Panaceia, Bernabé encarrega Pafúncio do redescobrimento de tal substância. A história envolvente é narrada com uma ousadia tamanha, entre xingos e provocações ao leitor, expressões e simbologias inovadoras. Até mesmo os títulos são estendidos propositalmente em forma de prosa cansativa, utilizada mesmo para incomodar o leitor com lassidão. As referências literárias a grandes nomes como Kafka, transbordam em momentos de temáticas de desvalorização do humano, referências machadianas com uma prosa fugaz que escorre numa contemporaneidade de palavras brutas e palavrões. O inusitado é a constante de “A Lua É Um Grande Queijo Suspenso No Céu”, seja para o susto, quando em meio a compenetração proporcionada pelo enredo envolvente, o leitor depara-se com malabarismos de pontuações e sarcasmos, ou na busca curiosa pelo descobrimento do que seria esta tal cura para todos os males, a Panaceia.